Ainda hoje não é raro encontrarmos pessoas, mesmo na nossa sociedade dita do conhecimento, que possuem do Universo uma visão medieval: em cima está o Céu, onde mora Deus, Jesus e o Espírito-Santo. à superfície da Terra estamos nós, os seres humanos. E debaixo da Terra está o Inferno, com o Diabo e as almas dos condenados.
Mesmo que a visão do Universo não seja tão antiquada como esta, as religiões cristãs, são, habitualmente, muito reticentes em relação a aceitar a ideia de vida inteligente fora do planeta Terra. Porque isso seria um rude golpe na pretensão de que Jesus é 1/3 d Deus, que encarnou sobre a Terra para, alegadamente, salvar a Humanidade com o seu sangue.
Essa teoria pretende que todos nascemos em pecado, e que Deus mandou o seu filho morrer numa cruz para nos "redimir" dessa nódoa de nascença. A Bíblia, habitualmente tida como livro sagrado, e evocada para justificar esta teoria... em nada a justifica.
O perigo maior que representaram, na sua época, homens como Giordano Bruno ouGalileu Galilei, foi precisamente o de retirarem a Terra do centro do Universo, retirando-lhe assim a "importância" que as religiões lhe dão.
Deus cria o mundo, Deus arrepende-se, Deus destrói o mundo com um dilúvio universal, Deus arrepende-se outra vez e envia o seu filho único para morrer numa cruz - eis o resumo da crença das religiões cristãs em relação ao lugar da Terra no Universo.
No entanto, a Ciência diz-nos que a Terra, no Universo, é menos que um grão de areia em todas as praias da Terra. Deus não está "em cima", a vigiar atentamente a Terra. Somos bem pequeninos na vastidão do cosmos.
Homens da Ciência tão conceituados como Carl Sagan ou Stephen Hawking, defenderam abertamente a existência de vida inteligente fora da Terra.
Esse é um dos pilares do Espiritismo, a juntar à existência de Deus, imortalidade da alma, vida futura eterna e cada vez mais próxima da felicidade plena, e reencarnação.
Deus, imortalidade da alma, e vida futura, são conceitos comuns a todas as filosofias espiritualistas, como já vimos. Reencarnação e pluralidade dos mundos habitados, não são aceites por todas. Destes princípios, os ateístas só aceitam o último: possibilidade de vida inteligente fora da Terra.
Para o Espiritismo, no Universo infinitamente grande, existem muitos mundos habitados por Espíritos como nós, em diferentes graus de evolução. São as muitas moradas na casa do Pai, que é Deus. Esta visão exalta a grandeza da Criação e o seu propósito.
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