quinta-feira, 23 de abril de 2009

Eles vivem

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos.Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor. Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque. Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material... Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.

Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

Com Você Mesmo

Meu amigo, você clama contra as dificuldades do mundo, mas será que você já pensou nas facilidades em suas mãos?
Observemos.
Você concorre, em tempo determinado, para exonerar-se da multa legal, com expressiva taxa pelo consumo de luz e força elétricas; todavia, a usina solar que lhes fornece claridade, calor e vida, nem é assinalada comumente pela sua memória...
Você salda, periodicamente, largas contas relativas ao gasto de água encanada; no entanto, nem se lembra da gratuidade da água das chuvas e das fontes a enriquecer-lhe os dias...
Você adquire na feira, com apreciáveis somas, todo gênero alimentício que lhe atenda ao paladar; contudo, o oxigênio - elemento mais importante a sustentar-lhe o organismo - é utilizado em seu sangue sem pesar-lhe no orçamento com qualquer preocupação...
Você resgata com a loja novos débitos, cada vez que renova o guarda-roupa, e, apesar disso, nunca inventariou os bens que deve ao corpo de carne a resguardar-lhe o espírito...
Você remunera o profissional especializado pela adaptação de um só dente artificial; entretanto, nada despendeu você para obter a dentadura natural completa...
Você compra a drágea medicamentosa para leve dor de cabeça; todavia, recebe de graça a faculdade de articular, instante a instante, os mais complicados pensamentos...
Você gasta quantias estimáveis para assistir a esse ou àquele espetáculo esportivo ou à exibição de um filme; contudo, guarda sem sacrifício algum a possibilidade de contemplar o solo cheio de flores e o céu faiscante de estrelas...
Você paga para ouvir simples melodia de um conjunto orquestral; no entanto, ouve diariamente a divina música da natureza, sem consumir vintém...
Você desembolsa importâncias enormes para adquirir passagens e indenizar hotéis, sempre que se desloca de casa; não obstante, passa-lhe desapercebido o prêmio vultoso que recebeu com o próprio ingresso na romagem terrestre...
Não desespere e nem se lastime...
Atendamos à realidade, compreendendo que a alegria e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.

André Luiz
(O Espírito da Verdade, 66, FEB)

Espiritualismo e Espiritismo - Mundos Habitados


"Há muitas moradas em casa de meu Pai" - disse Jesus de Nazaré. Segundo a revelação dos Espíritos que deram origem à filosofia espírita, esta afirmação de Jesus significa que não estamos sozinhos no Universo.


Ainda hoje não é raro encontrarmos pessoas, mesmo na nossa sociedade dita do conhecimento, que possuem do Universo uma visão medieval: em cima está o Céu, onde mora Deus, Jesus e o Espírito-Santo. à superfície da Terra estamos nós, os seres humanos. E debaixo da Terra está o Inferno, com o Diabo e as almas dos condenados.

Mesmo que a visão do Universo não seja tão antiquada como esta, as religiões cristãs, são, habitualmente, muito reticentes em relação a aceitar a ideia de vida inteligente fora do planeta Terra. Porque isso seria um rude golpe na pretensão de que Jesus é 1/3 d Deus, que encarnou sobre a Terra para, alegadamente, salvar a Humanidade com o seu sangue.

Essa teoria pretende que todos nascemos em pecado, e que Deus mandou o seu filho morrer numa cruz para nos "redimir" dessa nódoa de nascença. A Bíblia, habitualmente tida como livro sagrado, e evocada para justificar esta teoria... em nada a justifica.

O perigo maior que representaram, na sua época, homens como Giordano Bruno ouGalileu Galilei, foi precisamente o de retirarem a Terra do centro do Universo, retirando-lhe assim a "importância" que as religiões lhe dão.

Deus cria o mundo, Deus arrepende-se, Deus destrói o mundo com um dilúvio universal, Deus arrepende-se outra vez e envia o seu filho único para morrer numa cruz - eis o resumo da crença das religiões cristãs em relação ao lugar da Terra no Universo.

No entanto, a Ciência diz-nos que a Terra, no Universo, é menos que um grão de areia em todas as praias da Terra. Deus não está "em cima", a vigiar atentamente a Terra. Somos bem pequeninos na vastidão do cosmos.

Homens da Ciência tão conceituados como Carl Sagan ou Stephen Hawking, defenderam abertamente a existência de vida inteligente fora da Terra.

Esse é um dos pilares do Espiritismo, a juntar à existência de Deus, imortalidade da alma, vida futura eterna e cada vez mais próxima da felicidade plena, e reencarnação.

Deus, imortalidade da alma, e vida futura, são conceitos comuns a todas as filosofias espiritualistas, como já vimos. Reencarnação e pluralidade dos mundos habitados, não são aceites por todas. Destes princípios, os ateístas só aceitam o último: possibilidade de vida inteligente fora da Terra.

Para o Espiritismo, no Universo infinitamente grande, existem muitos mundos habitados por Espíritos como nós, em diferentes graus de evolução. São as muitas moradas na casa do Pai, que é Deus. Esta visão exalta a grandeza da Criação e o seu propósito.

domingo, 19 de abril de 2009

Os donos da verdade do movimento espírita !

Eu gostaria muito de escrever sobre outros assuntos, sob outros enfoques, como a visita de Jesus a Zaqueu, alguns trechos dos Evangelhos sob o enfoque espírita, evangelização, mediunidade etc... aquilo que alguns chamam de “artigos mais amenos”, mas não dá, pelo menos agora. Torna-se necessário que toquemos em algumas teclas, repetidas vezes, haja vista que a recomendação de Denis, quanto a “o futuro do Espiritismo depende do que os espíritas fizerem dele” é muito atual e precisa ser tratada sempre.

Vou procurar conduzir esta matéria dentro da maior coerência possível, recorrendo a raciocínios que, pelo menos ao meu ver, estejam dentro da lógica mais lógica, para que você possa questionar: Será que o Alamar está colocando um simples achismo seu na análise desta questão, será que está equivocado na abordagem, será que está querendo fazer tempestade em copo d’água ou será que está correto na sua forma de analisar o problema?

Muitos confrades nossos, muitas vezes “experts” em suas respectivas profissões, principalmente quando são elementos possuidores de “curso superior”, o que nem sempre tem a ver com “nível superior”, se auto valorizam tanto a ponto de considerarem outras pessoas do movimento espírita como semi-analfabetas ou analfabetas por inteiro.

Fazem análise do Espiritismo sob a ótica da sua profissão. Deixe eu explicar bem isto:

Alguns confrades que profissionalmente são advogados, sobem numa tribuna espírita e escrevem em periódico espírita, como se o Espiritismo fosse uma prática de âmbito jurídico, fosse desenvolvido dentro de um fórum e devesse ser tratado na formalidade do “data vênia”, “transitado em julgado”, “vamos fazer uma juntada aos autos do processo”, “há ou não há jurisprudência para isto”... e por aí vai.

Se o confrade é médico, quer tratar o espiritismo como se fosse uma causa hospitalar, dentro das terapêuticas recomendadas pela sua especialidade, analisando o quadro do paciente...

Alguns contadores, no exercício da atividade espírita, trabalham como se determinadas tarefas incidem ou não no imposto de renda...

Alguns policiais espíritas não conseguem separar a prática espírita de caso de polícia, muitos militares não conseguem compreender que os freqüentadores e trabalhadores da instituição não são soldados sob a sua ordem unida... enfim, há uma confusão enorme.

No campo das “verdades espíritas” a coisa se agrava mais, chegando ao ponto de se tornar irritante e lamentável, tamanha a presunção de determinadas criaturas.

Deixe eu colocar aqui mais uma ilustração. (é “deixe eu” mesmo, que eu quero escrever. Não estou a fim de escrever “deixe-me”).

Sou profissional da área de televisão e da área de informática.

Como profissional de informática tive a oportunidade de ser notícia em nível nacional, por três vezes, referente a três realizações que fiz, que nada têm a ver com a área espírita: Um sistema de informatização policial, para a Secretaria de Segurança Pública do Pará; que na época era o único no País; o sistema TELECONOMIA, que levou-me a ser convidado ao Planalto até pelo presidente da república e o “Namoro por computador”, (fui pioneiro nisso também), que é mais ou menos isso que fazem aí nos maiores sites de informática, como o “Par Perfeito” e outros. Nas três vezes fui notícia em jornalísticos da Rede Globo (jornal Hoje e Jornal da Globo), Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Jornal do Brasil etc...

Pois bem.

O que você acharia de mim se, por causa disso, eu adotasse uma postura achando incompetentes todos os demais profissionais de informática do Brasil, auto rotulando-me como o conhecedor exclusivo das melhores técnicas de análise e programação de computadores?

Não é precisa você responder não, deixe que eu mesmo respondo: considerar-me-ia um imbecil.

A informática tem várias especialidades, dentre as quais em muitas eu sou praticamente analfabeto, embora faça bem outras. Além do mais, ela requer dos seus profissionais atualizações constantes, o que quer dizer que, se eu não acompanhar o rapidíssimo avanço tecnológico, limitando-me à cultura dos computadores de dez ou vinte anos atrás, estarei na condição de cem por cento analfabeto no assunto.

Se eu me consideraria um imbecil em subestimar a competência de todos os outros profissionais da informática, que é um segmento pequeno, imagine como eu me consideraria se fosse mais além em subestimar, por exemplo, a competência e a inteligência de todos os demais espíritas!

Onde é que o Alamar quer chegar com isso?

Quero apenas convidar algumas pessoas, do nosso movimento espírita, a momentos de reflexões um pouco mais racionais.

Mas preciso ilustrar mais, para que o assunto fique bem compreendido.

Qual é o espírita que fica satisfeito quando assistimos o padre Quevedo dizer na televisão que Chico Xavier foi um falsário, que as suas obras são todas falsas, que a obra do Humberto de Campos, por exemplo, psicografada por ele não tem nada de Humberto de Campos, que as obras assinadas por Vitor Hugo não tem nada de Vitor Hugo e que tudo é enganação, embuste e animismo?

Os espíritas mais fanatizados pelo Chico, os chamados “chiquistas”, aqueles que não acreditam na existência de mais nenhum outro médium espírita a não ser o Chico, então, são os que mais ficam com raiva, não é verdade?

Pois bem. Essas mesmas pessoas, também espíritas, fazem exatamente a mesma coisa em relação a outros médiuns, os quais elas não suportam, mas que são também admirados e respeitados por outros espíritas.

Aí perguntamos: Que diabo de coerência doutrinária é essa? Onde está o Evangelho que o próprio Chico, seu ídolo maior, vivenciou a vida inteira?

Ou será que temos que pregar uma coisa e praticar o famoso dois pesos e duas medidas? Não gosto que façam comigo, mas disponho-me a fazer com os outros?

Encontramos, em nosso movimento, pessoas que condenam outras sem ao menos conhecê-las. Apenas com base no “ouvi dizer” ou no “tenho a impressão que”. Há quem condene obras sem ao menos ter lido, apenas também na base do “ouvi dizer”ou na sustentação da máxima do Osvald de Andrade “não li e não gostei”.

Vou fazer referência aqui, mais uma vez, ao professor Divaldo Pereira Franco, médium e conferencista conhecido por milhares de espíritas.

Teria sentido eu afirmar aqui que o Divaldo é um médium perfeito, fantástico e extraordinário, só porque eu gosto dele e ele é meu amigo?

Não. Não teria sentido. Eu poderia, nessa onda, dizer que a minha avó foi a maior médium da Bahia, só porque era minha avó.

Vejam bem, amigos: O Divaldo já tem 177 livros psicografados, em estilos diferentes, por espíritos com características distintas.

No meio dessa obra, há uma coleção de vários livros de uma série chamada, “série Psicológica”, de autoria do Espírito Joanna de Ângelis, que fora freira... católica, obviamente... na sua última encarnação.

A obra se propõe a orientar pessoas quanto ao seu comportamental, tratando de assuntos psicológicos de um modo geral.

Faço-lhe uma pergunta:

Caso o Alamar dissesse em seu programa de televisão ou em um artigo seu, que ele recomenda que você compre toda a obra da Joanna de Ângelis, porque ali está a verdade absoluta da Psicologia mais avançada, eficiente e atualizada, e citasse Sigmund Freud, Carl Gustav Jung, Alfred Adler, Carl Rogers, Wilhelm Wundt, William James, Eugen Bleuler, Josef Breuer e outros, e ainda citasse o Blair, que introduziu a Psicanálise no Brasil e que fora assassinado por uma paciente, que lhe deu três tiros, achando que ele a engravidara mentalmente... e outras citações só para impressionar, você aceitaria cegamente, só porque gosta do Alamar?

Claro que não, gente!

O Alamar não é Psicólogo, não é Psiquiatra nem qualquer tipo de profissional desta área!

O que ele poderia indicar para você, de cátedra, é que o Delphi é uma das mais eficientes linguagens de programação de computadores. Aí sim.

Tudo bem. E como eu poderia ter uma avaliação sobre a obra da Joanna? Ouvindo um Psiquiatra ou um Psicólogo?

Também não. A palavra de UM... pelo menos para mim... não é o suficiente.

Se este um for, por exemplo, católico seguidor da Quevedologia, já se sabe o que ele vai dizer.

Mas pode também ser um psicólogo ou psiquiatra espírita! Será o suficiente?

Também não! Há vários aspectos a serem considerados. Pode ser esse um espírita fanático pelo Divaldo, ou seja, um “divaldista”... (eu já disse várias vezes, em minhas matérias, que no universo espírita existem os “chiquistas”, “divaldistas”, “herculanistas”, “roustainguistas”, “medradistas”, “guiomaristas”, “ubaldistas”, “armonistas” e um monte de “istas”)... o que prejudicaria a avaliação. Pode ser também um espírita inimigo de Divaldo! (eu já disse também em matéria anterior, que o movimento espírita hoje é constituído de “inimigos da FEB”, “inimigos de roustaing”, “inimigos da FEESP”, “inimigos de Divaldo”, “inimigos do Alamar”, “inimigos do sorriso e da alegria”)... o que prejudicaria, também, a avaliação.

Os dois extremistas não podem ter credibilidade, em situação nenhuma!

O que eu faria, então, para chegar a uma conclusão?

Vou lhe dar a minha posição pessoal:

Em primeiro lugar eu verifico se a obra é boa para mim. Caso eu resolva fazer uma vitamina que mistura goiaba, morango, melancia, leite e uma pitada de bicarbonato (o que não é comum), bato em meu liquidificador, acho gostosa, analiso que não tem contra indicações para a minha saúde, e passo a gostar, não importa se outras pessoas vão gostar ou não. Para mim é bom, é gostoso, e pronto.

Mas, no caso em questão, a análise não é tão simplória assim, porque trata-se de uma coisa mais complexa, que envolve tratamento de criaturas humanas, onde uma palavra, um conceito equivocado ou uma recomendação impensada pode levar pessoas à depressão, à loucura, ao suicídio à prática de um crime ou de qualquer atitude trágica. É, de fato, coisa muito séria.

Embora determinado livro, ou colocação feita em um trecho do livro, pode ter feito muito bem para mim, a análise da obra por completo deve ser feita junto a profissionais da área, o máximo possível, tanto em quantidade quanto em qualidade técnica.

Já que ouvi alguém, espírita, profissional da área, dizer que não gosta da obra, resolvi fazer uma das coisas que mais gosto de fazer (que é até um vício meu) que é a pesquisa. Passei a puxar conversas sobre o assunto com vários profissionais da área, Psicólogos e Psiquiatras, de várias partes do Brasil, uma vez que, por força do meu programa de televisão, tenho a felicidade de conhecer muita gente no País inteiro e ser conhecido por muitos, também, amigos com os quais troco muitos E-mails, telefonemas e os encontro também nas diversas vezes que viajo para as cidades, convidado que sou para proferir palestras.

Ouço a grande maioria afirmar que a obra da Joanna de Ângelis, chegada a nós pela psicografia de Divaldo Pereira Fanco, é simplesmente maravilhosa, muitos a aplicam em seus consultórios e relatam excelentes resultados no tratamento de pacientes. E tem outro detalhe: quando estou falando aqui em grande maioria, reforço que é quase uma unanimidade, tamanho o percentual favorável. Não induzo ninguém a nada, primeiro porque não costumo fazer isto nem seria tão burro em querer enganar a mim mesmo, segundo porque esse tipo de público não se deixaria enganar tão facilmente assim, a ponto de emitir conceitos só para agradar.

Quando eu disse isto a um amigo que é um homem espírita, muito respeitável, sério, honesto, profissional da área, mas que não gosta do Divaldo, ele questionou-me: “que nível de psiquiatras e psicólogos você se relaciona?” concebendo, talvez, uma ingenuidade de minha parte a ponto de formar conceitos sobre Psicanálise baseado em opiniões de Psicólogos e Psiquiatras em nível apenas recém saídos da faculdade, sem experiência nenhuma.

De fato, eu seria muito ingênuo.

O Dr. Adenauer Marcos Ferraz Novaes, possuidor de múltiplos cursos superiores, que é Engenheiro Civil, Filósofo, Analista de Sistemas e Psicólogo, atuando mais intensamente como Psicólogo, é um homem que dedica horas e horas, diariamente, ao estudo e a pesquisa na área, não apenas em livros em Português, mas também em Inglês e outros idiomas. É um homem extremamente competente em tudo o que faz, honesto, íntegro e BOM. (não estou exagerando no bom!). O Dr. André Luiz Peixinho, também é Doutor e Mestre em Medicina, Filósofo e Psicólogo da mais alta competência e viciado em estudar. Ambos meus amigos, muito queridos.

Além destes, inúmeros outros, onde se registram doutorados na Sourbone e em várias outras Universidades do Mundo, Mestres e Doutores em Universidades Brasileiras de alto conceito.

Restaria, a mim, dizer o quê?

Não sou apaixonado pela Joanna e muito menos pelo Divaldo. Considero a nossa amiga como uma freira, porque ela nunca deixou de ser, cuja base cultural foi feita dentro da Igreja Católica, que trás ainda alguns conceitos católicos, sem dúvida alguma, e inclusive não terei a menor dificuldade em discordar dela quando afirmar algo dentro de um tema que eu tenha conhecimento e que esteja em desacordo com o que sei.

Eu acho que isto é coerência, gente!

Do mesmo jeito que acho que deve existir alguma coisa, não sei exatamente o que é, em pessoas inimigas do Espiritismo, como os adeptos da Quevedologia, que têm verdadeiros ódios do Chico Xavier e das suas obras, incapazes de levarem em consideração o volume de pessoas, contadas aos milhões, que se beneficiaram, melhoraram as suas condutas de vidas, aperfeiçoaram-se moralmente, tornaram-se mais próximas do amor ao próximo, graças à sua obra, acho a mesma coisa em relação aos “donos da verdade” do movimento espírita, que não suportam outros espíritas e que nutrem exatamente o mesmo nível de ódio em relação a outros confrades, sem conseguirem perceber os mesmos benefícios que eles proporcionam a milhares e talvez milhões de pessoas.

Não adianta criticarmos e repudiarmos as atitudes dos detratores do Espiritismo, que nos atacam, agridem e ofendem, com seus radicalismos, seus achismos, seus fanatismos religiosos e seus ódios pessoais se nós espíritas costumamos fazer exatamente a mesma coisa em relação a confrades nossos, embora estejamos fazendo palestras em centros espíritas recomendando o amor ao próximo e doutrinando espíritos em reuniões mediúnicas recomendando que perdoem os seus desafetos.

Existe uma palavra que virou moda no movimento espírita agora, que é a “Alteridade”, que consiste em respeitarmos as pessoas como elas são, respeitar os seus direitos de expressão, opinião, interpretação, ação e tudo. Os meus amigos Alkindar de Oliveira e Eugenivaldo Forts, dois dos mais respeitáveis espíritas do estado de São Paulo, têm feito palestras e seminários maravilhosos acerca deste assunto. Todavia vários segmentos do nosso movimento, inclusive pessoas notáveis, estão fazendo totalmente ao contrário, mantendo posturas da idade média, cerceando os direitos alheios e até ficando inimigas de quem pensa diferente delas. É lamentável.

Relembremos Leon Denis: “O futuro do Espiritismo será aquilo que os espíritas fizerem dele”.

Será que estamos construindo um bom futuro?


Fonte : Alamar Régis Carvalho alamar@redevisao.net

Reforma íntima

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo. 

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade. 
Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onda crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal. 
Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva. 
Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence. 
Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem. 
Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação. 
Desestimulando no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada. 
é muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os est?mulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos. 
Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade. 
O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame,quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas. 
Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensiveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista. 
Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos. 
Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz. 
Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta. 
Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser ?til e aproveita-o. 
Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação. 
Para quem está honestamente interessado na reforma intima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço. 
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício. 
Toda queda resulta em prejuizo, desencanto e recomeço. 
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obst?culo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer. 
A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

Pelo Espirito: JOANNA DE ÂNGELIS
Psicografia: DIVALDO PEREIRA FRANCO
Do livro: VIGILÂNCIA

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Reforma Íntima- O tema mais abrangente da doutrina espírita e de nossa vida. O mais necessário e também o mais difícil. Há que haver um tempo certo. E, embora tantas vezes nossa vontade tênue nos impulsione, nossa alma imatura nos detém, infeliz e inexoravelmente.

Então vamos pedir ao Pai e a seu filho e nosso irmão  Jesus, portador do amor universal que tanto necessitamos aprender, que nos permita vencer nossa pequines moral e espiritual, para que com isso possamos avançar nessa batalha que travamos o tempo todo..  

 A Reforma Íntima, está ligada a máxima de Jesus, : " Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Nos estamos aqui atualmente em estágio neste planeta azul.. presente do Pai a esses filhos que tanto tem a prender, nosso objetivo é evoluir sempre.. porém estar na carne nos provoca quedas, simplismente não refletimos sobre nossos atos e sempre estamos contraindo mais dívidas. Temos a consciência de que devemos eliminar nossos erros e defeitos e transforma-los em práticas do bem em função do nosso próximo, em todas as circunstâncias da nossa vida, tentamos sempre perdoar e transformar as ofensas em amor.É difícil, mas é o caminho.Devemos começar já , para não perdermos mais tempo.  

Sabemos que que somos eternos.. mais não podemos viver eternamente na escuridão provocada pela nossa falta de coragem, coragem de mudar, coragem de recomeçar, medo do que desconhecemos, tudo isso e reforma íntima,  ainda somos orgulhosos ... ainda temos a impressão de saber.. mesmo que tudo a nossa volta nos mostre que sabemos muito pouco, muito pouco mesmo, ainda somos petulantes, somos donos da verdade pintados de branco por fora e escuros por dentros.. escuridão meus irmãos que podemos e devemos clariar com a dadiva do amor, com o poder da verdade que liberta, temos que descobrir que Deus está mais proximo do que podemos imaginar.. está em nós, mas so podemos descobrir Deus nos descobrindo e a maior ferramenta para isso é a Reforma Íntima..  

Então vamos com a nossa infinita pequenes orar ao Pai que , possamos assimilar os dizeres sábios de Joana de Ângelis e colocarmos em prática! 

"Reforma íntima deve ser considerada como melhoria de nós mesmo e não anulação de uma parte de nós considerada ruim. Uma proposta de aperfeiçoamento gradativo cujo o objetivo maior e a nossa felicidade - Ermance Dufaux"

muito obrigado meus irmãos por suportarem a vibração de irmão que está procurando o caminho.

José


O QUE É PRECISO PARA SER SALVO


Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em sua casa; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar. Mateus, 25:34-36

Caridade e humildade – as duas virtudes que se opõem ao egoísmo e ao orgulho – resumem toda a moral de Jesus. Em tudo o que ensinou, ele mostrou essas virtudes como o caminho da felicidade eterna. Nas bem-aventuranças, Jesus contemplou os pobres de espírito (isto é, os humildes) prometendo-lhes o reino dos céus. E citou textualmente os puros de coração, os brandos e pacíficos, os misericordiosos. 

Pregou o amor ao próximo dando como medida o amor de cada um a si mesmo. Incentivou as pessoas tratar os outros como gostariam de ser tratadas. Propôs o amor aos inimigos e o perdão das ofensas como condição de obter perdão e misericórdia. Alertou para o bem feito sem ostentação e advertiu que, antes de julgar os outros, cada um julgasse a si próprio. Ele combateu sem cessar o orgulho e o egoísmo, assim como recomendou e exemplificou sem cessar a humildade e a caridade. Mais que isso, colocou explicitamente a caridade como condição absoluta da felicidade futura.

Aos homens com os quais falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, Jesus apresentou o julgamento final com imagens materiais, capazes de impressionar seus ouvintes. Para ser melhor aceito, não se afastou, igualmente, das idéias vigentes quanto à forma. Caberia ao futuro a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos que não podia então explicar claramente. Ao lado das figuras e alegorias do quadro, no entanto, há uma idéia que se sobressai: felicidade para os bons e infelicidade para os maus.

No julgamento supremo, ele deixa claro que não se perguntará sobre o cumprimento desta ou daquela formalidade, sobre a maior ou menor observância  desta ou daquela prática exterior. Ao contrário, o juiz sentencia que os que assistiram seus irmãos passem à sua direita e os que foram duros com eles passem à sua esquerda. Ele tampouco se informa da ortodoxia da fé, ou distingue entre os modos diversos de crer. Antes ele coloca o samaritano – então considerado herético – que ama o próximo acima do ortodoxo que falta com a caridade. 
 
Jesus não fez da caridade uma das condições de salvação. Ele a colocou como única condição. Isso porque ela encerra, implicitamente, todas as demais virtudes: humildade, doçura, benevolência, indulgência, justiça. E porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo. Daí porque, para o Espiritismo, todos os deveres do homem se resumem a esta máxima: Fora da caridade não há salvação.
 
Allan Kardec, 
O Evangelho segundo o Espiritismo, 
Capítulo XV.



AMAR É SÓ AMAR

Felizes os que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é deles.


O que será ser pobre espiritualmente? O pobre material é aquele que passa fome, não tem comida, ou seja, que não tem posses. A partir daí podemos dizer que pobreza significa um estado onde existe carência de posses.
Qual a posse que um espírito pode ter? Seus sentimentos. Apenas isto é dele, ou seja, possui. Todo resto é de Deus e poderá ser retirado da guarda do espírito a qualquer momento.
Portanto, o pobre de espírito é aquele ser universal que possui carências de sentimentos. No entanto, esta carência não é caracterizada pelo volume de sentimentos, mas por não possuir qualidades diferentes.
Pobre de espírito é aquele que só tem um sentimento para viver: o amor. Ele possui muito amor, mas só tem este tipo de sentimento e nenhum outro.
O pobre de espírito não tem raiva, não tem ganância, não tem ira, não tem contentamento. Quem possui todos estes sentimentos é um rico espiritualmente falando, pois possui diferentes qualidades de sentimentos.
Desta forma, a compreensão exata do ensinamento de Cristo é que aquele que possui apenas o amor chegará a Deus e será feliz.
A partir do momento que já compreendemos o ensinamento, podemos então realizar aquilo que nos propomos neste trabalho, ou seja, a mostrar o que Cristo ensinou que é amar, ou o amor crístico.

Amar é só amar.

O que quer dizer isto? Que o amor ensinado por Cristo é incondicional, ou seja, só existe por ele mesmo. Quem ama universalmente não o faz por causa de nada, para nada, de nenhum jeito específico. Para Cristo, amar é amar e ponto final.
Cristo ensinou a amar a todos independentemente do que lhe façam, do jeito que estejam ou do lugar que eles estiverem. O amor crístico é incondicional, ou seja, existe sem que haja necessidade de condições específicas para existir.
O pobre de espírito só tem amor e para ser assim ele só ama, ou seja, abole toda e qualquer condição para amar. Amar é simplesmente amar e não amar “porque” ou “para que”. Amar é doar-se sem esperar nada em troca, entregar-se profundamente sem impor condições alguma. Sem esperar sequer que o outro lhe ame.
É isto que Cristo ensina quando fala que o bem-aventurado tem que ser pobre de espírito para poder possuir o Reino do céu. Para os seres humanos o amor crístico, no entanto, é muito difícil, pois o seu amor fica subordinado a condições para existir.
 Os sentimentos humanos são todos, na verdade, um amor condicionado. Por exemplo: “eu amo se ele fizer isso”. Isto não é amor: é contentamento, prazer. Sempre que se impõe uma condição para amar que é realizada, surge o prazer de ter sua vontade contentada e o ser humano chama de amor.
É isso que Cristo está nos ensinando. O verdadeiro amor não espera nada, não condiciona a sua existência a nada. Eu amo, ponto final. Portanto, amar é amar e nada mais que isso.
Pensando agora em termos de reformar-se, se amar é simplesmente amar, o que temos que fazer para viver este amor crístico? Acabar com as condições para amar. De nada adianta o ser humano querer amar porque não conseguirá enquanto o seu ego estiver criando condições para amar.

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sábado, 18 de abril de 2009

Espíritas desorientados e enfermos

      A mente encarnada engalanou-se com os valores intelectuais e fez o culto da razão pura, esquecendo-se de que a razão humana precisa de luz divina. O homem comum percebe muito pouco e sente muito menos. Ante a eclosão de conhecimentos novos, em face da onda regeneradora do Espiritualismo que banha as nações mais cultas da Terra, angustiada por longos sofrimentos coletivos, necessitamos acionar as melhores possibilidades de colaboração, para que os companheiros terrestres valorizem as suas oportunidades benditas de serviço e redenção.

        Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A mediunidade, porém, não é exclusiva dos chamados “médiuns”. Todas as criaturas a possuem, porquanto significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não bastará, entretanto, perceber. É imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. A maioria dos candidatos ao desenvolvimento dessa natureza, contudo, não se dispõe aos serviços preliminares de limpeza do vaso receptivo. Dividem, inexoravelmente, a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando nós, estudantes da Verdade, ainda não conseguimos identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro, integrados na certeza de que toda a organização universal se baseia emvibrações puras. Inegavelmente, meu amigo, não desejamos transformar o mundo em cemitério de tristeza e desolação. 

  • Atender a santificada missão do sexono seu plano respeitável

  • usar um aperitivo comum

  • fazer a boa refeição, de modo algum significa desvios espirituais; no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, os quais retêm a alma nos círculos inferiores.  (Ver: Paixões no homem)

        Ora, para os que se trancafiam nos cárceres de sombra, não é fácil desenvolver percepções avançadas. Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes, na sublime ciência do bem-viver.

        Nossos amigos não são rebeldes ou maus, em sentido voluntário. Estão espiritualmente desorientados e enfermos. Não podem transformar-se, dum momento para outro. Compete-nos, portanto, ajudá-los no caminho educativo.

        É verdade que sonham edificar maravilhosos castelos, sem base; alcançar imensas descobertas exteriores, sem estudarem a si próprios; mas, gradativamente, compreenderão que mediunidade elevada ou percepção edificante não constituem atividades mecânicas da personalidade e sim conquistas do Espírito, para cuja consecução não se pode prescindir das iniciações dolorosas, dos trabalhos necessários, com a auto-educação sistemática e perseverante. Excetuando-se, porém, essas ilusões infantis, são bons companheiros de luta, aos quais estimamos carinhosamente, não só como nossos irmãos mais jovens, mas também por serem credores de reconhecimento pela cooperação que nos prestam, muitas vezes inconscientemente. Os tenros embriões vegetais de hoje serão as árvores robustas de amanhã. As tribos ignorantes de ontem constituem a Humanidade de agora. Por isso mesmo, todas as nossas reuniões são proveitosas, e, ainda que os seus passos sejam vacilantes na senda, tudo faremos por defendê-los contra as perigosas malhas do vampirismo.

[16a. pág. 30] - André Luiz -  1943


Fonte : http://www.guia.heu.nom.br/espiritas_desorientados.htm

Espírita Cristão

Há muitos companheiros realmente assim...

  • Declaram-se espíritas.

  • Proclamam-se convencidos, quanto à sobrevivência.

  • Relacionam casos maravilhosos.

  • Exibem apontamentos inatacáveis.

  • Referem-se, freqüentemente, aos sábios que pesquisaram as forças psíquicas.

  • Andam de experiência em experiência.

  • Fitam médiuns como se vissem animais raros.

  • Não alimentam dúvidas quanto aos fatos inabituais no seio da própria família, mas desconfiam das observações nascidas no lar de outrem.

  • Conversadores primorosos.

  • Anedotistas notáveis.

  • Mas não mostram mudança alguma.

  • São na convicção o que eram na negação.

  • lies expoentes de cultura intelectual, não estendem migalha de conhecimento superior a quem quer que seja.

  • Detentores de vantagens humanas, não se dignam ajudar a ninguém.

        Felizmente, contudo, temos os companheiros da luta incessante.

  • Afirmam-se também espíritas.

  • Mas compreendem que o fenômeno, diante da verdade, pode ser considerado à feição de casca no fruto.

  • Têm os médiuns como pessoas comuns, necessitadas de entendimento e de auxílio.

  • Sabem que a existência na Terra é como estágio na escola.

  • E, por isso, não perdem tempo.

  • Moram no trabalho constante.

  • Indulgentes para com todos e severos para consigo mesmos.

  • Aceitam a justiça perfeita, através da reencarnação, e acolhem no sofrimento o curso preciso ao burilamento da própria alma.

  • Verificam que o erro dos outros podia ser deles próprios e, em razão disso, não perdem a paciência.

  • Reconhecendo-se imperfeitos, perdoam, sem vacilar, as imperfeições alheias.

  • E vivem a caridade como simples dever, aprendendo e servindo sempre.

  • São esses que Allan Kardec, em sua palavra esclarecida, define como sendo “os espíritas verdadeiros ou, melhor, osespíritas-cristãos”.

Texto ditado por Emmanuel na reunião pública de 25/1/1960, a respeito do Livro dos Médiuns - Questão nº 28 - Parágrafos 1º, 2º e 3º


Fonte : http://www.guia.heu.nom.br/espirita_cristao.htm

Palestra - Divaldo - Sexo e Obsessão




Palestra de Divaldo Franco sobre o tema Sexo e Obsessão
 

Ufologia e Espiritismo

Com o surgimento da codificação espírita, no século dezenove, muitas pessoas aqui no Ocidente tiveram a oportunidade de tomar conhecimento, ou melhor, de resgatar, de forma direta e clara os conhecimentos em torno do seu contexto espiritual evolutivo como, também, entender a estreita relação de intercâmbio entre o mundo dos “mortos” com o que se entende como o mundo dos “vivos”.

Disseram os espíritos de ordem mais elevada, de maneira racional e lógica, que o ser humano não é, como muito se pensava e ainda se pensa, o centro de toda a criação divina. Que o estado “hominal” é apenas a etapa de um processo muito maior, que se desencadeia ininterruptamente por todo o Universo.

Tomamos conhecimento de algumas leis universais que regem o desenvolvimento dos seres animados e inanimados, das menores partículas subatômicas aos grandes astros, dos seres vinculados à matéria aos habitantes de outras esferas existenciais.

Novos horizontes, então, surgiram nas mentes cujo materialismo era a única realidade existencial. Para os religiosos – claro que não todos – essa grande revelação espiritual trouxe maiores facilidades para a compreensão dos fenômenos “miraculosos” e “sobrenaturais” e ainda, o fortalecimento da fé, sustentada por bases sólidas e consoladoras.

Desde os primeiros escritos sobre o Espiritismo, através do trabalho codificador de Allan Kardec, já se passaram, aproximadamente, cento e cinqüenta anos e, apesar disso, muita resistência ainda se encontra em uma sociedade que se apega, em grande parte, aos transitórios valores da vida ao invés de adentrar e abraçar valores concernentes ao enobrecimento da alma. Não estamos defendendo que a melhor atitude de todos os seres humanos seria abraçar o Espiritismo como doutrina espiritualista, porém, que a melhor atitude humana seria enobrecer a sua alma, através de obras morais em si e no mundo.

Quando, de tempos em tempos, surgem novos conhecimentos, novos pontos de vista, novos conceitos e descobertas, é natural que apareçam as contradições, pois, afinal, o contato com o novo exige a modificação de paradigmas já estabelecidos e, conseqüentemente, as necessárias mudanças no modo de se viver e de se encarar o mundo, o que nem sempre agrada a todos. Foi assim na época da passagem carnal de Jesus pela Terra, foi assim com o surgimento da doutrina espírita e certamente está sendo com tudo o que vem surgindo nos dias atuais. O pensamento humano está em constante modificação e os conceitos e entendimentos sobre o mundo que o cerca vão se ampliando a cada dia.

Se fizermos uma retrospectiva até certo período da História, abordando apenas a partir da era cristã, vamos encontrar exemplos claros dessas modificações que se processam naturalmente. Podemos lembrar Cláudio Ptolomeu, um astrônomo, matemático, físico e geômetra do século II que, influenciado pelas idéias de Hiparco, adota o sistema Geocêntrico, ou seja, “a Terra é o centro do Universo e tudo gira ao seu redor”, pensamento este que influenciou a Igreja Católica por quatorze séculos e era tido como verdade inquestionável.

 

Evolução da humanidade

Essa visão de mundo, ou melhor, do Universo, permaneceu no entendimento de um número expressivo de pessoas até que surgiu o também astrônomo, polonês, do século XV-XVI com uma idéia inovadora, colocando em sua teoria que o verdadeiro centro é o Sol e que tudo giraria em torno desta estrela, incluindo o planeta Terra. Esta teoria viria a ser confirmada por Galileu Galilei décadas depois. Hoje, pelos avanços da Ciência e da tecnologia – conseqüentes da maturação do pensamento humano – já temos condições de compreender fatos cada vez mais expressivos, como as órbitas solares, a existência de um número infindável de galáxias – graças aos estudos de Huble –, os buracos negros, a constante expansão e contração cósmica, bem como adentrar o mundo quântico e nos deparar com descobertas e revelações cada vez mais inovadoras e inquietantes.

O engraçado é perceber que, apesar de já termos pleno conhecimento de que a Terra não é o centro do Universo – aliás, ela está simplesmente na periferia da Via Láctea, a nossa galáxia – muitos ainda não se desapegaram da idéia e do conceito de sermos o centro da criação divina. Se já se superou, há muito, o conceito de Geocentrismo, por que não se elimina, através do raciocínio lógico, a idéia do Antropocentrismo (homem como centro da criação divina).

Ainda parece difícil para muitos, aceitarem a idéia de não estarmos sozinhos no Universo, de que outras civilizações planetárias compartilham conosco a extensão cósmica e de que muitas delas aqui estão desde o surgimento do homem e de todo ser vivente sobre o planeta Terra, atuando, discretamente ou ostensivamente, tendo sido registradas estas ocorrências ao longo da História, através da arte, de escritos, registros arqueológicos e, mais recentemente, através de fotos e relatos de pessoas que tiveram a oportunidade de, através dos sentidos materiais ou de faculdades mediúnicas, presenciar fenômenos e situações que comprovassem a realidade desta atuação extraterrestre junto à humanidade.

Infelizmente, as questões que se referem ao contexto extraterrestre ainda são encaradas por muitas pessoas como algo aterrorizante, ou então, como algo sem importância e apenas do interesse de ufólogos. No meio científico, apesar de ainda não ser provado, não há mais a discussão se existe ou não vida em outros planetas do Universo, tamanha é a lógica existente no raciocínio humano ao se analisar e estudar a imensidão cósmica. Porém, apesar disso, continuamos a nossa teimosia e, às vezes, até negamos definitivamente a possibilidade de vida inteligente em outros mundos, ou então, preferimos não falar sobre o assunto em público porque podemos ser taxados de loucos, ou pior, podemos assustar alguns e ferir a sensibilidade religiosa de outros.

Em algumas ocasiões, nos nossos grupos de trabalho mediúnico, os mentores espirituais nos esclareceram que muitos ainda têm medo ou desconforto ao tratar do assunto, porque é como se ninguém em nosso mundo tivesse uma “arma” para se defender, pois os poderes e desenvolvimentos tecnológicos destes seres aos quais chamamos de extraterrestres vão além das nossas possibilidades científicas atuais, estão mais adiantados e, tudo o que nos é desconhecido acabamos, numa atitude defensiva, considerando inimigo ou coisa parecida.

 

Preconceito com a Ufologia

Mas acontece que, até hoje, muitos espíritas que tiveram a oportunidade de tomar contato com as revelações do Alto, com os conhecimentos básicos em torno da filosofia existencial, não aceitam tratar o assunto como tema de importância relevante para o movimento espírita da atualidade e chegam até a dizer que falar de extraterrestre não é coisa para espíritas sérios se ocuparem. Assim, parece até que o assunto é contraditório à doutrina espírita, o que não é realidade, pois ao se estudar as obras básicas da codificação podemos encontrar inúmeras passagens e questões em que os espíritos e também Allan Kardec tratam do assunto com muita seriedade. Aliás, não seria absurdo alguém dizer aqui que, dentre os espíritos que se ocuparam com a codificação do Espiritismo, muitos nunca haviam habitado o planeta Terra, ou seja, vinham de outros mundos e, por isso mesmo, na nossa linguagem, eram extraterrestres. Confirmando isso, podemos verificar a introdução de O Livro dos Espíritos, no primeiro parágrafo do it1em VI, quando Kardec dizia “...os próprios seres que se comunicam se designam a si mesmos pelo nome de Espíritos ou Gênios, declarando, alguns, pelo menos, terem pertencido a homens que viveram na Terra.”, ou seja, aqueles que não faziam parte desses “alguns” que viveram na Terra, segundo nosso raciocínio, vieram de outras moradas, de outros orbes que não a Terra. Mais adiante, neste mesmo livro, no “Prolegômenos”, no sétimo parágrafo, Kardec também dizia: “Em o número dos Espíritos que concorreram para a execução desta obra, muitos se contam que viveram, em épocas diversas na Terra...”, ou seja, não disse todos, mas sim, muitos, o que é bem diferente.

A questão da vida em outros planetas, bem como a atuação ou relação de seus habitantes conosco, aqui na Terra, foi abordada em um número expressivo de vezes pelos espíritos superiores que transmitiram toda essa gama de conhecimentos aos humanos encarnados. E, por isso mesmo, não podemos deixar passar despercebidamente ou encarar de forma menos digna este assunto, que tanto está se mostrando presente nos dias atuais da humanidade terrestre. Breve será o dia em que poderemos, ou melhor, nos graduaremos a tal ponto que será possível compreender que não somos os únicos a habitar toda a extensão cósmica e, quem sabe, poderemos conviver harmoniosamente com outras civilizações planetárias.

Os espíritos superiores nos ensinam que todos os globos que se movem no espaço são habitados por seres mais ou menos evoluídos que a humanidade terrestre, como respondem à questão 55 de O Livro dos Espíritos: “...o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição.” E ainda acrescentam que quando nos achamos os únicos do Universo, o centro das atenções de Deus, nada mais estamos que exercendo o nosso orgulho descabido e prepotente: “Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade”

E, ainda, o que pode parecer espantoso para algumas pessoas, nós, habitantes desta morada planetária, também já viemos de outros mundos em tempos mais ou menos idos, em encarnações passadas, quando por processos de rebeldia às leis divinas do progresso não acompanhamos o desenvolvimento moral destas moradas, tendo, pela bondade de Deus, a oportunidade de sermos exilados em um mundo menos desenvolvido para dar continuidade ao aprendizado espiritual desperdiçado. Aqui nos referimos à quase totalidade dos homens e mulheres, encarnados e desencarnados. E, se não são todos, é porque, graças a Deus, muitos que aqui nasceram e nascem vieram e vêm para o cumprimento de missões, para impulsionar os seres que aqui vivem no seu desenvolvimento, nas diversas áreas do conhecimento e do trabalho. Sobre isso, diz a questão 176 (L.E.): “Depois de haverem encarnado noutros mundos, podem os Espíritos encarnar neste, sem que jamais aí tinham estado?”. E o espíritos respondem sabiamente: “Sim, do mesmo modo que vós em outros. Todos os mundos são solidários: o que não se faz num faz-se noutro”. Na questão seguinte, Kardec continua a perguntar: “Assim, homens há que estão na Terra pela primeira vez?”, e Eles o respondem: “Muitos, e em graus diversos de adiantamento”. Estes são apenas alguns exemplos que deixam claro a abordagem da questão extraterrestre de forma natural pelos mentores espirituais. Em artigos futuros abordaremos melhor a reencarnação nos diferentes mundos.

O que os espíritos superiores tentam nos mostrar com esses ensinamentos, talvez, é a necessidade de ampliarmos os nossos horizontes e de que percebamos a realidade do que nos cerca constantemente. É inevitável admitir que uma hora ou outra, daqui mais ou menos anos, estaremos convivendo normalmente com seres que vêm de outras paragens cósmicas com suas diversas finalidades e, também, os habitantes da Terra poderão ir até estas outras moradas, intercambiando as mais diversas informações e sentimentos, úteis ao progresso geral dos seres.

Muitos desses nossos irmãos mais velhos sempre estiveram e estão presentes no auxílio a esta humanidade terrestre, como nos ensina o Espiritismo. Vêm como obreiros e mensageiros do Pai Celestial, sustentando o desenvolvimento constante do planeta, logicamente, num trabalho conjunto com aqueles espíritos que já se libertaram das suas mais pesadas imperfeições terrenas e que obram pela mais pura vontade de ajudar aqueles que ainda se transviam no caminho ascensional. Quanto a isso, vamos encontrar a resposta dada a Allan Kardec pelos mentores espirituais quando ele questionava se os espíritos já purificados descem aos mundos inferiores (item. 233): “Fazem-no freqüentemente, com o fim de auxiliar-lhes o progresso. A não ser assim, esses mundos estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los.” 

 

Engenheiros Siderais

Como se vê, não há nada de sobrenatural na ação que outras humanidades exercem junto a nós. Aliás, se formos raciocinar sobre o processo de formação da Terra e do surgimento da vida aqui neste planeta, nos ensina o Espiritismo, e conforme aceita nossa razão, que Deus age através dos seus intermediários, dos seus prepostos, ou seja, a vontade de Deus é executada pelos espíritos que já atingiram um estado de pureza tal que é confiado a eles responsabilidades maiores ou menores. Para a Terra ser formada e para que a vida aqui surgisse houve a necessidade da atuação de seres que já haviam atingido um alto grau de desenvolvimento. Estes seres, que algumas vezes são chamados de engenheiros siderais, nada mais poderiam ser que espíritos que evoluíram em outros mundos, não na Terra, pois aqui não havia nada, ainda, muito menos vida inteligente para realizar tal obra. É por isso que devemos encarar a temática com a maior naturalidade possível, caso contrário, continuaremos com o entendimento sobre nossa a história humana limitado.

Não poderia deixar de citar as conversações, chamadas de “Conversações familiares de além-túmulo”, publicadas na Revista Espírita, de Allan Kardec. Gostaria de comentar uma em especial – a conversação mediúnica estabelecida com o espírito Bernard Pallissy, em 9 de março de 1858. Bernard dizia habitar o planeta Júpiter – uma morada planetária muito mais adiantada que a Terra. Dentre as questões feitas a este espírito, ressalto a número 31, onde Kardec pergunta: “Poderíeis nos dar uma idéia das diversas ocupações dos homens (em Júpiter)?”. E o espírito responde: “Seria preciso dizer muito. Sua principal ocupação é encorajar os Espíritos que habitam os mundos inferiores a perseverarem no bom caminho. Não tendo infortúnio a avaliar entre eles, vão procurar onde se sofre; são os bons Espíritos que vos sustentam e vos atraem ao bom caminho”. Mais adiante, na questão 46, Kardec pergunta se ele (Bernard Pallissy) poderia nomear alguns espíritos habitantes do planeta Júpiter que cumpriram uma grande missão na Terra. E teve como resposta o nome de São Luis, que aliás, foi um dos espíritos que contribuíram para a codificação da doutrina espírita.

Os habitantes da Terra ainda alimentam muito medo e preconceito em torno destas questões referentes ao contato de extraterrestres com os terrestres, mas não avaliam os grandes benefícios que podem ser decorrentes deste contato mais direto com seus irmãos que simplesmente não habitam o mesmo orbe. Se hoje em dia é algo comum estabelecermos contato com outras nações, outros países, ou ainda, com espíritos desencarnados, assim será, também, no futuro, o intercâmbio com outras civilizações cósmicas, dentro do nosso próprio sistema solar e até mesmo fora dele. E para isso é só uma questão de tempo.

Superando os preconceitos, os paradigmas e olhando para a vastidão universal como a “Casa do Pai”, reconhecendo nestes “visitantes siderais” verdadeiros irmãos que nos amparam em nossa caminhada, teremos alcançado um estágio de maturidade, compreensão e respeito à harmonia cósmica. Não pretendo dizer, nessas linhas, que a busca humana deve sempre atentar para o exterior, muito pelo contrário, deve procurar o conhecimento de si mesma, de sua moralização e da aplicação do grande código de ética cósmica, sintetizado por Jesus em seu Evangelho e pelos grandes missionários divinos que aqui encarnaram com o objetivo de despertar o homem para a sua verdadeira natureza espiritual.

 

Artigo publicado na edição 42 da Revista Cristã de Espiritismo.

Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte.